A busca incessante de testemunhos da memória do ténis de mesa nacional, voltou a dar frutos agora com a doação valiosíssima realizada por Luís Guimarães, neto do antigo presidente da ATML, Armando Jesus Gomes.
Com efeito, temos agora no nosso espólio uma medalha correspondente a um oitavo lugar de um torneio ainda não identificado que teve lugar em 1938, ou seja, que conta oitenta e sete anos de idade. A esta peça, juntam-se duas fotos ambas com setenta anos e correspondentes à presença da seleção nacional, no campeonato do mundo de 1955 realizado na cidade holandesa de Utreque. A este propósito refira-se que Armando Jesus Gomes, exerceu outros cargos no ténis de mesa nacional, nomeadamente o de secretário geral da FPTM e o de selecionador nacional. Foi nesta última qualidade que Armando Gomes, acompanhou as equipas nacionais presentes nos mundiais de 1955 e de 1957, este realizado em Estocolmo, na Suécia.
Mas de volta às fotos de 1955, a primeira retrata a equipa nacional então composta por Francisco Campas, Manuel Carvalho e Fernando Oliveira Ramos e a segunda o momento de convívio verificado entre os atletas portugueses e os da Bulgária, último adversário da campanha que terminou com o triunfo dos búlgaros por 5:2. Os pontos lusos neste encontro foram obtidos por Francisco Campas, perante Shivatchev, por 2:0 (19,18) e por Oliveira Ramos, diante do mesmo opositor também por 2:0 (8,8). Alinharam ainda pela formação búlgara, Karanashev e Vladimir Popov. Neste campeonato que Portugal terminou na 17.ª posição, tendo registado mais três derrotas frente a Hungria e Estados Unidos da América, em ambos os casos por 5:0 e perante a Suécia por 5:1. A equipa nacional regressou a Lisboa, com três triunfos: 5:0 à Finlândia; 5:1 à Dinamarca e 5:3 à Irlanda.
A doação ficou completa com uma medalha oferecida pela FPTM, aos integrantes da formação nacional que esteve em Estocolmo’1957 e que também concluiu a participação na 17.ª posição: Oliveira Ramos, Sebastião de Carvalho, António Osório e Armando Gomes (selecionador).
Um enorme obrigado ao Luís Guimarães que mais uma vez deu um contributo fantástico para a construção da história do ténis de mesa português que também se faz assim.
